sexta-feira, novembro 27, 2009

VI



No cântico longínquo das nuvens
cresce uma andorinha branca.
deforma-se
o mundo
para uma nova densidade.
sorri
a primeira gota de chuva.
este cântico das nuvens é
um bramido suave
que adormece os olhos
os olhares
dos bichos.
a andorinha cessa o seu voar.
a nuvem cessa o seu cantar.
a gota de chuva
densa
despede-se do mundo...
e voa!

Ndalu de Almeida (Ondjaki)

1 comentário:

Fatyly disse...

Este poeta é simplesmente FANTÁSTICO e como gosto do que escreve.

Obrigada por o partilhares:)

Beijos