segunda-feira, fevereiro 23, 2009

Seiscentos e sessenta e seis



A vida é um dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são 6 horas: há tempo...
Quando se vê, já é 6ªfeira...
Quando se vê, passaram 60 anos...
Agora, é tarde demais para ser reprovado...
E se me dessem - um dia - uma outra oportunidade,
eu nem olhava o relógio.
seguia sempre, sempre em frente ...

E iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas.

Mario Quintana

Imagem retirada do Google

3 comentários:

Alien8 disse...

Wind,

Mais uma série de excelentes poemas, rematados por este tão verdadeiro 666... e o relógio, ainda por cima, até é bonito!

Um beijo.

Paula Raposo disse...

Quem não gostaria de poder 'jogar fora' o tempo. Belo poema do Mário Quintana. Beijos.

Fatyly disse...

Mário Quintana tem toda a razão e este poema será sempre a carapuça para muitos:)

Adorei:)

Beijocas e um bom dia