sexta-feira, novembro 23, 2007

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Como reconhecer ainda
o que foi o áureo da vida?
talvez contemplando, na palma
da mão, os arabescos

dessas linhas, dessas rugas
que apertamos com tanta garra
quando no vazio fechamos
a própria mão sobre um nada.

Rainer Maria Rilke (in Frutos e Apontamentos,
(trad. De Maria Gabriela Llansol, Relógio D’Água)

Foto:Pavel Krukov

PS:Poema sacado descaradamente da Gi, um blog que não me canso de recomendar pela sua arte:))))

2 comentários:

Fatyly disse...

Fantástico!**

Paula Raposo disse...

Um poema belíssimo! Uma foto maravilhosa. Sempre bem, Isabel.