Era já tarde e tu continuavas
entre os meus braços trémulos, cansados...
E eu, sonolenta, já de olhos fechados,
bebia ainda os beijos que me davas!
Passaram horas!... Nossas bocas flavas,
Muito unidas, em haustos repousados,
Queimavam os meus sonhos macerados,
Como rescaldos de candentes lavas.
Veio a manhã e o sol, feroz, risonho,
entrou na minha alcova adormecida,
quebrando o lírio roxo do meu sonho...
Mas deslumbrou-se... e em rúbidos adejos
Ajoelhou-se... e numa luz vencida,
Sorveu... sorveu o mel dos nossos beijos!
Judith Teixeira
Foto:Milco Van Klingeren
5 comentários:
Que belo poema e bela foto!
Pensamentos voluptuosos me acompanham agora que vou para a cama:)
Beijos.
Os poetas fazem-nos sonhar... :)
Bjs!
P.S.: É bem verdade que as fotos são sempre tão apropriadas aos poemas! :)
'O mel dos nossos beijos'. Gostei muito deste poema.
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quebrando o lírio roxo do meu sonho...
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as minhas cores, violácias ...
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ji
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Volúpia, palavra que eu adoro. Hé hé. Adorei a imagem.
Beijinhos.
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