sexta-feira, maio 25, 2007

Subversiva



A poesia
Quando chega
Não respeita nada.

Nem pai nem mãe.
Quando ela chega
De qualquer de seus abismos

Desconhece o Estado e a Sociedade Civil
Infringe o Código de Águas
Relincha

Como puta
Nova
Em frente ao Palácio da Alvorada.

E só depois
Reconsidera: beija
Nos olhos os que ganham mal
Embala no colo
Os que têm sede de felicidade
E de justiça.

E promete incendiar o país.

Ferreira Gullar

Foto:Calvato

9 comentários:

Paula Raposo disse...

Excelente poema!! Excelente foto!! Adorei. Beijos.

andorinha disse...

Foto e poema a condizerem.
Gosto do que é subversivo:)
Beijos.

poetaeusou . . . disse...

/
wind
/
E de justiça.
/
jino
/

papagueno disse...

A imagem é bem subversiva,lol!
Gostei do poema, mais um poeta que fico a conhecer contigo.
Beijinhos.

Bernardo Kolbl disse...

Passei para desejar um bom fim de semana.
Um abraço Wind.

hfm disse...

A poesia com a força de todas as suas vertentes.

Belzebu disse...

A poesia é uma verdadeira arma! Subversiva? Talvez mas que apesar de incendiar o país, nos deslumbra constantemente!

Saudações infernais!

A. Jorge disse...

Lindo! Lindo!

Abraço

Jorge

http://vagabundices.wordpress.com/

Su disse...

aodrei ler/ver este "incendio"

jocas maradas ..de fogo