terça-feira, abril 03, 2007

O meu destino



Vivo de inquietações…
De sombrios desejos…
As minhas ambições,
andam traduzidas
nos rúbidos lampejos,
dos meus olhos em fogo!

Não cedem à agonia do meu rogo…
Andam fugindo ao meu destino.
Nem sentem os meus nervos estalar!
E os meus braços desgarrados
procuram em desatino –
sem nada encontrar!

Rasgo nas mãos doloridas,
escorrendo de luar,
as sombras espavoridas
que me ensombram o olhar!

Anda a loucura a desgrenhar-me –
o corpo e o pensamento…
As minhas horas, vão escurecendo
no destrambelho dos meus cuidados…
E eu vou andando
vagarosamente
os olhos roxos de sombra,
amargurados
demandando
tristemente,
o caminho,
do negro labirinto,
onde se perdem
os alucinados!

Judith Teixeira

Foto:Yuri B

2 comentários:

poetaeusou . . . disse...

/
o corpo e o pensamento…
/
ji)
/

Fatyly disse...

Essas sombras que ensombram nunca deveriam existir, porque a liberdade... é única em cada ser humano mas a sociedade empurra-os para um "negro labirinto"!
Há que contrariar e ponho-me sempre ao lado dos "alucinados"!
Já conhecia e cada vez que leio este poema...surgem-me novos sentimentos.
Beijos