segunda-feira, março 19, 2007

Oração



Dai-me, Senhor, essa paz suave
que emana da mulher amada,
rio com temperatura de lã
onde aqueço a minha solidão.
Dai-me, Senhor, a coragem de proclamar
a infinita ternura do meu silêncio
quando olho para a mulher amada
no abandono do seu sono.
Dai-me, Senhor, o recato dos guardiães
para que eu silencie sobre todas as doces loucuras
da mulher amada.
Dai-me, Senhor, a mulher amada
subitamente surgida nos ícones da poesia.

Nei Leandro de Castro

Foto:Alexander Heinrichs

9 comentários:

Caracolinha disse...

Olá lindinha, quando puderes passa no meu blog que está lá um desafio à tua espera ... :)

Beijoca encaracolada :)

António disse...

Querida Isabel!
Dentre tantos poemas, descobri o "ai que prazer".
Mas tu, minha marota, para não teres de ouvir sermões nem pregações, não permitiste comentários nesse teu post.
Safada!

Obrigado pelo teu comentário ao meu conto "Falta de água".

Beijinhos

Maria Carvalho disse...

Belo poema!!

PintoRibeiro disse...

Acho que nem assim Isabel. Bjinho.

poetaeusou . . . disse...

*
Rogo-te Senhor
fazei que este
humilde servo
deixe de ser
um mero
enteado da mulher.
Fazei pelo imenso amor
que tenho para dar
*
xi)
*

MariaTuché disse...

Bela oração!!

beijinho

De Amor e de Terra disse...

Um hino à chegada da mulher amada...
Muito belo. Parabéns ao autor e a ti Wind.


Maria Mamede

Special K disse...

Lindo este poema. Não conheço a autora que vergonha. LOL! Beijinhos

wind disse...

lololol Special K:)))
beijos