E se eu disser que te amo - assim, de cara,
sem mais delonga ou tímidos rodeios,
sem nem saber se a confissão te enfara
ou se te apraz o emprego de tais meios?
E se eu disser que sonho com teus seios,
teu ventre, tuas coxas, tua clara
maneira de sorrir, os lábios cheios
da luz que escorre de uma estrela rara?
E se eu disser que à noite não consigo
sequer adormecer porque me agarro
à imagem que de ti em vão persigo?
Pois eis que o digo, amor. E logo esbarro
em tua ausência - essa lâmina exata
que me penetra e fere e sangra e mata.
Ivan Junqueira
Foto:Stanmarek
7 comentários:
Afoto lindíssima!! As palavras exactas. Beijos.
Como gosto de Ivan Junqueira! e o que dizer da imagem?
Não sendo um soneto, algo aqui me lembra Florbela Espanca.... Talvez uma certa e especial musicalidade...
Belíssima escolha, Wins!
Beijinho
Wind (perdão)
Dizer não é nada fácil...
Belíssimo poema e foto.
Beijos.
amei..........
jocas maradas e levo.o comigo
O Nu.
Apreciado.
Em veia artistica.
Não é pecado.
Os nossos olhos Cheios.
De formosura.
Óh que ventura.
Benditos Seios.
Xinos.
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