quarta-feira, novembro 24, 2004

Sophia de Mello Breyner e Andresen



Chamo-Te porque tudo está ainda no princípio
E suportar é o tempo mais comprido.

Peço-Te que venhas e me dês a liberdade,
Que um só dos teus olhares me purifique e acabe.

Há muitas coisas que eu quero ver.

Peço-Te que sejas o presente.
Peço-Te que inundes tudo.
E que o teu reino antes do tempo venha.
E se derrame sobre a Terra
Em primavera feroz pricipitado.


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Terror de te amar num sítio tão frágil como o mundo

Mal de te amar neste lugar de imperfeição
Onde tudo nos quebra e emudece
Onde tudo nos mente e nos separa

Foto:Artur Ferrão

6 comentários:

Pink disse...

Belo momento me proporcionaste antes de ir dormir! Lindíssimo o poema e bela a foto. Fica bem. Um beijo.

Anónimo disse...

Há quanto tempo que já não comentava.... mas este belo texto não me deixou passar despercebida ao seu encanto.. é lindissimo!
Beijossss
Silenceyes

Luis Duverge disse...

Eu ouvi-te, passaste, mas não quiseste falar.
Sim eu olhei-te a alma e a sede de te ler voltou.
Presente ... e antecipo que no futuro também ... porque que me vicias-te.
Ás vezes perco-me estupidamente a olhar ... os teus textos, as imagens ... e a imaginar-te ...
Não sei mas aqui ... o vento não trás alegria, vontade de viver ... o sol, onde está o sol da tua alma ?
Beijo ao vento.

Anónimo disse...

Sou visita diária, raramente com vontade ou capacidade, de comentar... prefiro ler... as tuas lindas selecções de poemas. Beijo G (pantanero)

Maria_Oliveira disse...

Um beijo grande, simpática Wind. Há mais Crónica... :-)

Anónimo disse...

Espectro #999 diz ...

Wind [...] divinais [...] foto e poema.
Este teu cantinho poético e fotovisual começa a apoderar-se lentamente do meu físico. Começo a ficar impaciente pelo próximo [...] vamos ver ... vamos ver.
Inté.