quinta-feira, outubro 28, 2004

Soneto do Amor como um Rio



Este infinito amor de um ano faz
Que é maior do que o tempo e do que tudo
Este amor que é real, e que, contudo
Eu já não queria que existisse mais.

Este amor meu é como um rio; um rio
Noturno, interminável e tardio
A deslizar macio pelo ermo

Em que seu curso sideral me leva
Iluminado de paixão na treva
Para o espaço sem fim de um mar sem termo.


Vinícius de Moraes

Foto:Ricardo Martinelli

7 comentários:

Anónimo disse...

wind!! :) ***********
também gosto das fotos que escolhes *

vlad

Anónimo disse...

mais um lindo texto :)teu_olhar

Anónimo disse...

Parece que acertei, Foi só um teste.
Olá Isabel, estou a gostar do que estás a fazer.
Um abraço,
José Gomes

Anónimo disse...

Absolutamente feroz [...] capacidade de imaginação de um amar com tonalidades de maresia. Wind [...] muito importante [...] até porque não sabia [...] tens um comentário bastante interessante para veres, acho eu, ou não, no Post "Quase Haiku". Inté.

Toze disse...

Vinicius ? Boa escolha :)

Finurias
www.cagalhoum.blogspot.com

Anónimo disse...

O amor que eu conheço é manso como um rio... Um rio que aumenta o seu caudal, quando se lhe juntam todos os outros afluentes... Um rio que corre, corre.. que vai banhando as suas margens, e quanto mais de si dá, mais se torna imenso... Um beijo enorme Wind! M

Pink disse...

Lindo este poema de Vinícius , que eu não conhecia. A foto é temém bem escolhida! Um beijo.